Suzi Huff Theodoro
A revista Novo Solo, da Associação Brasileira dos Produtores de Remineralizadores de Solo e Fertilizantes Naturais (ABREFEN), está próxima de completar três anos e se consolida como uma fonte de informação essencial sobre remineralização de solos para os setores de mineração e agricultura. Para aprimorar seu conteúdo, a revista agora conta com uma editora, responsável por definir o tema principal de cada edição, garantindo a atualidade das informações sobre os avanços científicos obtidos relativos aos remineralizadores e fertilizantes naturais no Brasil e no mundo.
A Novo Solo entende que todas as formas de produção agrícola são importantes para o desenvolvimento do país e para o alcance de índices de segurança alimentar e nutricional. Para fortalecer esse entendimento, neste número, os (as) leitores (as) observarão que o tema da agroecologia e da captura de carbono perpassa todas as matérias.
Na entrevista com o renomado professor da Universidade de Newcastle, David Manning, um dos maiores especialistas do mundo no tema da captura de carbono a partir do uso de remineralizadores, é possível entender como se dá o processo de sequestro de CO2 e como esse novo tipo de tecnologia pode beneficiar o Brasil e colocá-lo como um player importante na busca da descarbonização da atividade agrícola.
Para ampliar o conhecimento sobre esse novo perfil de negócios, a Novo Solo conversou com o COO e Co-Fundador da InPlanet, Niklas Klunger, e com Julia Sekula, co-fundadora e CFO da Terradot. Eles abordam as iniciativas conduzidas pelas duas instituições e afirmam que o Brasil agrega todas as condições para liderar o processo de Intemperismo Aprimorado de Rochas (ERW), convertendo-se em uma referência para outros países.
Na sequência, dois artigos de opinião abordam temas fundamentais relacionados à rochagem. O primeiro trata do tema da agricultura orgânica e o papel que os remineralizadores desempenham no fortalecimento desse segmento. O professor André Carvalho, da Universidade Federal de Viçosa, discute também o conceito de agricultura regenerativa e a importância da matéria orgânica no solo para ampliar as possibilidades de captura de carbono. O segundo artigo, de Manoel Viana e colaboradoras, apresenta uma retrospectiva sobre a rochagem e os dados sobre os artigos publicados nos anais das quatro edições dos Congressos Brasileiros de Rochagem.
Para que se possa alcançar sucesso no presente e no futuro é importante conhecer o passado e os acontecimentos que levaram ao atual patamar de desenvolvimento de qualquer setor. A Novo Solo homenageia uma das grandes referências no tema da rochagem no Brasil, o professor Bernardo Knapick, que há mais de 30 anos tem sido um dos precursores das pesquisas empíricas sobre o uso de rochas moídas para ampliar a fertilidade dos solos. O Professor conversou com a equipe da Novo Solo e contou um pouco de sua história.
Como exemplos de sucesso no campo, nesse número, os(as) leitores(as) poderão conhecer as histórias de dois casos de sucesso da agricultura orgânica. O primeiro conta a história de Joe Valle e Clevane Ribeiro, proprietários da fazenda Malunga, localizada no Distrito Federal, que sonham em criar a Universidade Agrícola da Malunga. O protagonismo da Malunga é inquestionável, especialmente porque foi a primeira Fazenda a usar e testar pós de rocha, ainda no século passado (anos de 1990). O segundo mostra o sucesso obtido pelo maior produtor de limão orgânico do Brasil, Waldyr Promicia, que ficou tão empolgado com o uso de remineralizadores em sua fazenda – a Itacitrus, na Bahia – que resolveu associar-se a uma empresa que produz remineralizadores.
Neste número, a Revista ainda apresenta as novidades acerca do V Congresso Brasileiro de Rochagem, que ocorrerá entre 08 e 11 de julho, em Piracicaba, e que trará uma série de inovações na pesquisa sobre o uso de Remineralizadores e Fertilizantes Naturais.
Desejo a todos (as) uma ótima leitura.
Comentários, críticas e sugestões serão bem-vindas.
