Fazenda Ouro Verde: da commodity ao café especial, um exemplo de
sucesso com uso de REM.
Empreendimento baiano se destaca como exemplo de sucesso no agronegócio sustentável ao adotar práticas da agricultura regenerativa com uso de REM e bioinsumos.
A Fazenda Ouro Verde, localizada em Barra do Choça, no Planalto da Conquista, Bahia, é um exemplo de inovação e sustentabilidade no agronegócio. Com 30 anos de história, a fazenda passou por uma transformação significativa há oito anos, quando seu proprietário, Idimar Barreto e sua esposa, Ana Cristina Gonçalves, decidiram mudar o foco da produção de cafés commodities para cafés especiais.
A transição para os cafés especiais impulsionou a produção da fazenda e incentivou os proprietários a investir em práticas mais sustentáveis. Com 80 hectares, dos quais 50% são de mata nativa preservada, a fazenda cultiva 25 hectares de café, com variedades como Catuaí, Mundo Novo, Acauã, Bourbon e Arara e está investindo em novas espécies como o Pacamara e o Geisha.
Para garantir a sustentabilidade na produção, a fazenda utiliza insumos naturais de origem biológica e orgânica e adotou o uso de Remineralizadores de Solo (REM), uma indicação do consultor, o engenheiro agrônomo Mateus Azevedo, que apontou os benefícios dos REM para o tipo de agricultura que estavam implementando na época. Para o consultor, os remineralizadores são uma realidade que tem apresentado ótimos resultados. “A fazenda Ouro Verde é um case de sucesso, tem produtividade alta, principalmente para a agricultura de sequeiro como a praticada na Bahia, uma região com pouca chuva, fruto da adoção de práticas sustentáveis como a utilização de remineralizadores”, conta Matheus.
O engenheiro agrônomo explica, ainda, que em suas análises, tem notado maior fertilidade do solo da fazenda, com consequente redução na carga de adubação química. “Os remineralizadores são uma fonte nutricional de liberação mais lenta e gradual, então deixamos uma reserva no solo, levando em consideração o ponto de nutriente da cultura e a extração que precisa ter para a produção. O que observamos foi que, com a utilização dos remineralizadores, houve um incremento de produção, um vigor maior nas plantas e uma redução de custo”, avalia o consultor.


A experiência positiva com os remineralizadores de solo ficou ainda mais evidente na colheita do último ano, quando houve um longo período de estiagem. Mesmo com a ausência de chuva, a fazenda colheu uma das melhores safras dos últimos anos, com grãos de ótima qualidade.
Para Idimar Barreto, o processo de adaptação para a agricultura de base regenerativa com uso de remineralizadores de solo foi uma escolha acertada, inclusive pelo tipo de café que produz, cujo mercado é muito exigente e está em franco crescimento. O gestor explica que adotar processos sustentáveis é uma exigência do próprio mercado. “Quando você vai vender o café especial, você não vende só o café, você vende todo um pacote. É um pacote tecnológico, um pacote social, um pacote agronômico e um pacote de meio ambiente. Tudo isso você vende junto com o seu café. Então não tinha mais como trabalhar a não ser dessa forma, já com esses insumos.”
“O uso dos remineralizadores modificou o comportamento do meu solo, melhorou muito. Eu já usava alguns tratamentos como plantas específicas para cobertura, um tipo de agricultura mais regenerativa, mas o remineralizador mudou completamente, passou a disponibilizar alguns nutrientes que eu não conseguia ter”, explica Idimar Barreto. Além de melhorar a qualidade do solo, os REM também ofereceram mais atributos ao café produzido pela Ouro Verde. De acordo com o produtor, a melhoria das plantas se refletiu nos frutos, desde a florada, que é um destaque na plantação, até os grãos, que têm resultado em cafés cada vez mais finos e com melhor aceitação dos clientes.


Em decorrência da adaptação da produção, os benefícios do uso de insumos naturais se estenderam para o financeiro da empresa. Nos últimos anos, a fazenda registrou significativa redução no custo da produção, principalmente com a diminuição do uso de insumos químicos. “Desse ano passado para cá, tivemos uma redução de mais de 30% só no uso do cloreto de potássio. Faço as minhas análises de solo todo ano e cada ano que passa tenho uma ação melhor dos remineralizadores”, explica o proprietário.
Com uma visão de futuro, a Ouro Verde investe cada vez mais em processos sustentáveis. Além de não utilizar agrotóxicos, a fazenda participa de projetos de quantificação de carbono e soltura de animais silvestres, em parceria com universidades e organizações locais. A colheita manual, realizada majoritariamente por mulheres, e o uso de abelhas para polinização são exemplos do compromisso com práticas agrícolas responsáveis.
O uso dos Remineralizadores de Solo, na opinião de Idimar, é um caminho sem volta e está diretamente ligado ao desenvolvimento da agricultura no Brasil. “Os remineralizadores são o futuro da agricultura porque não se fala em outra coisa a não ser na agricultura sustentável. Você não pode ter uma agricultura sustentável quando você tem um índice grande de uso de produtos químicos, um índice grande de agrotóxicos, um índice indiscriminado de determinados produtos”, defende. Essa visão tem transformado o negócio do produtor, que já está certificando áreas de sua fazenda para produção de café orgânico, cujo uso de REM é indicado. “Eu não vejo futuro na agricultura em que você não tenha produtos naturais, como remineralizadores, em seu mix de produção”, conclui.
Os cafés especiais produzidos pela Fazenda Ouro Verde são vendidos, de forma exclusiva, para cafeterias em todo o Brasil e o retorno, segundo os produtores, é cada vez melhor. Um exemplo de que inovação e sustentabilidade podem transformar o agronegócio. Com práticas agrícolas responsáveis e compromisso com a qualidade, a fazenda está bem posicionada para continuar crescendo e se destacando no mercado de cafés especiais.


Fotos: Acervo Fazenda Ouro Verde