Avanços e inovações da tecnologia da rochagem no Brasil

Autores: Manoel B. Viana1; Caroline S. Gomide2; Fernanda P. Medeiros3; Claudete G. Ramos4; Suzi H. Theodoro5

Resumo

A rochagem, uma prática agrícola baseada no uso de pó de rocha como insumo agrícola, tem se destacado no Brasil como uma rota tecnológica promissora para garantir o protagonismo do Brasil no setor agropecuário. O presente artigo apresenta uma análise do tema feita a partir dos artigos publicados nos Anais das quatro edições dos Congressos Brasileiros de Rochagem (CBR), que ocorreram em 2009 (Brasília/DF), 2013 (Poços de Caldas/MG), 2016 (Pelotas/RS) e 2021 (Catalão/MG). Foram analisados e sistematizados os dados de 108 artigos, onde se identificou tendências, temas recorrentes, tipos de rochas, de culturas agrícolas e de solos, bem como os principais grupos de pesquisa, as metodologias mais recorrentes nas análises e os resultados elencados nos artigos. O levantamento possibilitou a construção de correlações, utilizando-se o software IRaMuTeQ. Os resultados da análise mostram que a pesquisa de rochagem no Brasil abrange diversos objetivos, desde a extração/beneficiamento de rochas, suas principais características, usos em diferentes tipos de solos e os benefícios para o desenvolvimento de diversos tipos de plantas. Soja e milho foram as plantas mais testadas. Há desafios a serem superados, tais como a ampliação dos grupos de pesquisa, a concentração de pesquisas em um número limitado de culturas e a necessidade de políticas públicas que incentivem a adoção da técnica por um amplo espectro de agricultores. Com a sistematização e análise dos resultados conclui-se que a rochagem tem o potencial de contribuir para a construção de um sistema agrícola robusto, resiliente e sustentável no Brasil.

Introdução

Os remineralizadores de solos, eventualmente denominados pós de rocha, têm um papel crucial na agricultura brasileira (Leonardos et. al., 2000). O uso desses insumos apoia-se nos pressupostos da tecnologia da rochagem, que prevê que determinados tipos de rochas moídas convertem-se em fontes de macro e micronutrientes para o solo e as plantas (Theodoro, 2000). No Brasil, o uso de pós de rocha foi regulamentado por um arcabouço jurídico composto por Leis, Decreto e Instruções Normativas.

O crescente interesse pelo uso dos remineralizadores deve-se a diversos fatores, entre os quais se pode citar: o aumento dos custos de aquisição dos fertilizantes solúveis, a busca por uma agricultura mais sustentável e o alcance de benefícios diretos e indiretos obtidos a partir do uso de insumos multinutrientes e disponível em todo o território brasileiro. Diversos estudos (Leonardos et. al., 2000; Theodoro, 2000; Carvalho, 2012; Ramos et al., 2022; Theodoro et al., 2022; Medeiros et al., 2024 e 2025) elencam resultados onde apresentam uma série de benefícios agronômicos diretos, entre os quais se pode destacar a alteração do pH do solo e da CTC, redução da toxidez de alumínio, aumento da capacidade de retenção da umidade e produções compatíveis com as expectativas dos agricultores.
Para além dos benefícios diretos, destacam-se importantes ganhos indiretos a partir do uso de fontes minerais disponíveis local/regionalmente. Dentre esses, pode-se citar a incorporação das práticas de produção mais aderente aos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) estabelecidos pela ONU (Manning; Theodoro, 2018). Outro aspecto relevante, refere-se a obtenção de maiores índices de segurança alimentar e nutricional (Theodoro, 2023) e a possibilidade de captura de carbono atmosférico (Manning et al., 2024, Beerling et al., 2020).

Vários desses benefícios são informados nos artigos e resumos expandidos dos Anais das quatro edições dos Congressos Brasileiros de Rochagem (CBR). Entender e analisar os benefícios e os desafios relatados nos trabalhos que compõem as coletâneas das quatro edições dos CBRs é crucial para retratar o potencial transformador dessa opção tecnológica para a agricultura. A análise buscou integrar o conhecimento científico e técnico acerca da trajetória das pesquisas e o desempenho dos remineralizadores para fortalecer o uso dessa prática e/ou técnica agrícola em meio ao setor agrícola do país. Nesse sentido, o presente trabalho teve como principal objetivo mostrar o estado da arte (histórico) sobre o tema da rochagem, bem como identificar as principais áreas de pesquisa, os avanços científicos e/ou eventuais lacunas de conhecimento, mas, principalmente os resultados obtidos pelos diferentes grupos de pesquisa acerca desse tema, relatados nas coletâneas das quatro edições dos CBRs. Para tanto, foram sistematizados parte dos dados, publicados nos CBRs; identificando os principais objetivos e metodologias informados nos textos, elencando os principais resultados das pesquisas divulgadas nas coletâneas dos CBRs.

Espera-se que os resultados obtidos nessa análise possam trazer direcionamentos para as pesquisas futuras beneficiando diretamente o uso dos remineralizadores, entre as quais se destacam o aprimoramento das práticas de manejo, e os mecanismos para viabilizar à adoção da prática da rochagem em meio aos agricultores de diversos perfis produtivos (empresariais/familiares) e subsídios para a implementação de políticas públicas que facilitem a adoção dos remineralizadores de forma mais extensiva no Brasil.

Materiais e Métodos

Incialmente foi feita uma pesquisa sobre a história da rochagem no Brasil, considerando os principais pressupostos, avanços e limitações. Em seguida, foram selecionados os resumos expandidos e artigos disponíveis nas quatro edições dos CBRs. De forma a buscar associações e semelhanças que possibilitem a sistematização dos resultados, a leitura e a análise dos artigos consideraram os seguintes critérios: (I) objetivo do trabalho; (II) rocha usada; (III) classe de solo; (IV) cultura testada; (V); metodologia de análise; (VI) grupos de pesquisa e (VII) principais resultados. Esses dados foram compilados e inseridos em uma tabela em Excel, resultando na sistematização dos dados que foram agrupadas por categorias, as quais serão mostradas e discutidas ao longo do trabalho.

Os dados obtidos em cada artigo também foram transformados em perguntas orientadoras que possibilitaram a montagem de um corpus textual, analisado no software IRaMuTeQ, com a finalidade de buscar semelhanças de linguagem. Esse software permite realizar análises de frequência de palavras, identificando as mais assíduas em um texto e identificando relações entre elas. Além disso, o software realiza análises de classes de palavras, agrupando aquelas com significados semelhantes (e de redes de palavras) o que permite a visualização de relações entre elas. Essas análises permitem identificar temas ou conceitos importantes nos textos analisados (Camargo; Justo, 2013; Melo; Souza, 2023).

Resultados

A tecnologia da rochagem não é nova no Brasil. Segundo Theodoro (2000), os primeiros trabalhos foram feitos por Ilchenko e Guimarães em 1955, seguidas pelos estudos de Leonardos e colaboradores nas décadas de 1970 e 1980 (Leonardos; Fyfe, 1978; Leonardos et. al., 1987). Merece destaque os estudos anteriores e pioneiros efetuados James Hutton (1750), que recomendava o uso de rochas em suas propriedades na Escócia e de Julius Hensel (1894), na Alemanha, que escreveu pães de pedra, onde foram estabelecidos os primeiros pressupostos do uso de pó de rocha para alterar a fertilidade dos solos.
.
Porém, foi somente nos últimos 25 anos, que o Brasil vem se destacando nas pesquisas, o que potencializou o estabelecimento de um arcabouço normativo relacionado ao tema. A Lei 12.890/2013 (Brasil, 2013) estabeleceu o conceito de remineralizadores solos e, posteriormente, o Decreto 8.384/2014 (Brasil, 2014) e a Instrução Normativa (IN) 05/2016 (Brasil/Mapa, 2016a) e IN 06/2016 (Brasil, 2016b) definiram as condicionantes e garantias mínimas que estes materiais devem possuir para se converterem em insumo agrícola. Buscando retratar o histórico desse processo, a Fig. 01 apresenta uma linha do tempo das iniciativas e marcos relativos ao desenvolvimento da rochagem no Brasil.

A partir das pesquisas pioneiras de Leonardos, no final da década de 1990 outros grupos de pesquisadores brasileiros seguiram e inovaram em suas pesquisas relacionadas ao tema, considerando o uso dos pós de rocha para diversas culturas agrícolas como milho, cana-de-açúcar e mandioca (Theodoro, 2000), soja e o milheto (Martins et al., 2008), soja (Ferreira et al., 2010), palma forrageira (Medeiros, 2017), quinoa (Burbano et al., 2022), milho (Krahl et al., 2022) entre outras.

As pesquisas de Bamberg et al., (2013), Alovisi et al., (2021) e vários outros trabalhos envolvem algumas das principais culturas para o agronegócio. Mas há também pesquisas que mostram a importância da agroecologia, da diversidade de cultura agrícolas e formas de manejo, tais como nos trabalhos de Almeida et al. (2007) e Soares et al., (2022) e Medeiros et al., (2024) que relatam que o uso desses materiais tem crescido em meio à agricultura familiar com perfil mais aderente aos princípios agroecológicos. Considerando esse histórico e a multiplicidade de temas e objetivos relacionados à tecnologia da rochagem foram acessados os trabalhos publicados nos Anais das quatro edições dos Congressos Brasileiros de Rochagem (CBRs).

Figura 01 – Linha do tempo do desenvolvimento da rochagem no Brasil

O I CBR foi realizado em Brasília, em setembro de 2009. Teve como objetivo apresentar as primeiras pesquisas sobre rochagem no Brasil, firmar o tema como uma opção tecnológica para a agricultura brasileira e os primeiros resultados com o uso de pós de rocha. Nos Anais do I CBR foram publicados 40 artigos, sendo que a edição da coletânea foi feita por Martins e Theodoro, no ano de 2010. O II CBR, ocorreu em Poços de Caldas/MG, em maio de 2013, e teve como tema central a regulamentação do uso de pós de rocha no Brasil. Foram discutidos os aspectos apresentados no Projeto de Lei n.º 212/2012, em tramitação no Congresso Nacional, que viria a inserir os remineralizadores como um insumo agrícola (Lei 12.890/2013). A edição da coletânea foi conduzida por Theodoro, Martins, Fernandez e Carvalho, 2013. O III CBR, realizado em Pelotas/RS, consolidou a rochagem como uma técnica adequada à agricultura brasileira. As pesquisas apresentadas mostraram uma série de aspectos relacionados à interação entre minerais, plantas e microrganismos. Nessa edição foram publicados 52 artigos e resumos expandidos, organizados por Bamberg, Silveira, Martins, Bergman, Martinazzo e Theodoro, 2016. A IV edição, realizada de forma remota, devido à pandemia da Covid-19, abordou a caracterização de diversos tipos de rochas, os avanços recentes, a formação de redes de pesquisadores, bem como foram discutidos temas relativos ao fortalecimento dessa prática agrícola para ampliar o número de registros de produtos aptos ao uso, comercialização e fiscalização, conforme previsão da Instrução Normativa 05 e 06 de 2016. Foram publicados 31 artigos e resumos expandidos, além de 42 resumos simples. A coletânea foi editada por Theodoro, Monte e Martins, 2021 (foi a primeira a ser disponibilizada digitalmente).

Em todas as edições dos Congressos, contou-se com a participação de pesquisadores internacionais que também contribuíram com as discussões por meio da apresentação de experiências em diversos países. Ao longo de 11 anos, os Congressos contaram com um número crescente de participantes, interessados e de novas pesquisas, que abordaram temas como a consolidação da tecnologia, a regulamentação da comercialização de pós de rocha e a busca por soluções sustentáveis na agricultura. Esses eventos impulsionaram a pesquisa, a inovação e a adoção da rochagem como prática agrícola adequada à realidade da agricultura tropical brasileira, a qual pode contribuir para a sustentabilidade ambiental, o aumento da produtividade e a promoção de práticas que resultem em solos mais férteis.

Os Anais das quatro edições estão disponíveis no site do Serviço Geológico do Brasil (https://www.sgb.gov.br/remineralizadores/anais.html). Os artigos e resumos expandidos desses eventos são fundamentais para disseminar as pesquisas científicas sobre a tecnologia de rochagem no Brasil e, eventualmente, no exterior.

Resultados

A partir da sistematização dos dados obtidos nos artigos e resumos expandidos publicados nas quatro edições dos CBR foi possível constatar uma grande diversidade de objetivos que envolvem temas relativos a testes com distintos tipos de rochas para o uso como fonte de remineralizadores, os efeitos agronômicos em diversas culturas, os modelos de experimentação e as metodologias de análises, bem como os principais resultados obtidos. As pesquisas estão comprometidas com o desenvolvimento científico e tecnológico, explorando diferentes tipos de rochas em diversas regiões do país. Observou-se que houve uma evolução dos procedimentos metodológicos, da diversidade de tipos de análises e da colaboração interdisciplinar, as quais são essenciais para a evolução do conhecimento e da própria tecnologia.

No que se refere aos tipos de rochas, pode-se averiguar (Fig. 2) que basaltos e xistos foram os litotipos mais utilizados nos testes (24 cada um), seguidos por fonolito (11), granitos (5), sienitos (4), anfibolitos, serpentinitos e resíduos de rochas ornamentais (3 de cada), carbonatitos, siltitos, flogopititos e dacitos (2), gabro, diabásio, arenitos com zeólitas e rejeitos de pegmatitos (1). Essa diversidade de tipos litológicos confirma que existe um imenso potencial para que rochas semelhantes a essas possam ser usadas para aumentar a fertilidade dos solos nas diferentes regiões do país onde elas ocorram. De toda forma, a preferência pelo uso de basaltos e xistos, parece estar vinculada aos resultados positivos obtidos nas pesquisas, mas, também, à sua farta distribuição no território brasileiro.

No que se refere as culturas mais utilizadas nos testes agronômicos (Fig. 3), foi possível verificar que milho (16) e soja (15) foram as mais frequentes, seguidas por cana-de-açúcar (8), feijão (7) braquiária (3), café, arroz e alface (2 cada), aparecendo ainda frutíferas como amora preta (1), uva (1) e laranja (1) e cereais como aveia e trigo (1), além de batata-doce (1) e mandioca (1).

Segundo pôde-se constatar a partir da análise dos trabalhos, houve um predomínio de experimentos utilizando Latossolos (32), em especial o Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico, seguidos por Argissolos (14), Planossolo Háplico (5) e Neossolo Quartzarênico (3).

Como forma de agregar informações semelhantes acerca dos artigos e resumos expandidos das quatro edições dos CBRs, foi efetuada uma divisão dos artigos segundo os tipos de testes, que foram aplicados e, posteriormente uma reunião das informações dos vários resultados elencados pelos pesquisadores segundo três categorias: (i) experimentos a campo, (ii) experimentos em casa de vegetação e (iii) análises em laboratório. A agregação dos resultados deve ser entendida como uma forma de sistematizar o amplo espectro de benefícios e resultados da aplicação de rochas moídas na agricultura. De modo geral, os trabalhos publicados informam que houve os seguintes resultados:

  • Melhoramento dos níveis da fertilidade do solo, com o aumento do pH, da capacidade de troca catiônica (CTC) e da disponibilidade de nutrientes essenciais como cálcio, magnésio, potássio e fósforo;
  • Redução da acidez do solo, devido à diminuição dos teores de alumínio trocável e acidez potencial, tornando o solo mais adequado para o desenvolvimento das plantas;
  • Aumento da produtividade revelada nos diversos relatos dos trabalhos que resultaram na ampliação da produção de grãos e de biomassa em diversas culturas, tais como a soja, milho, feijão, cana-de-açúcar e batata-doce, além de alguns relatos relacionados as culturas do feijão, arroz e frutíferas;
  • Incremento na qualidade dos produtos, verificado por meio de aumento do teor de nutrientes nas plantas e melhoria da qualidade de produtos, como por exemplo, o café;
  • Melhoria da estrutura do solo revelada pelo aumento da atividade biológica;
  • Aumento da agregação do solo, promovendo melhor infiltração de água e a aeração.
Figura 2. Tipos de rochas mais avaliadas nos artigos das quatro edições dos CBR.
Fonte: os autores, a partir dos artigos dos CBRs 2010, 2013, 2016 e 2021.
Figura 3. Principais tipos de culturas agrícolas utilizadas nos testes agronômicos.Fonte: os autores, a partir dos artigos dos CBRs 2010, 2013, 2016 e 2021.

Além disso, os estudos destacaram que foram observados os seguintes aspectos, que podem resultar em práticas integrativas com efeitos para além da produção agrícola:

  • Efeito sinérgico com outras práticas agrícolas, em especial por meio da combinação de rochas moídas com matéria orgânica e outras práticas de incorporação de adubação verde ao solo;
  • Possibilidade de aproveitamento de resíduos (descarte de produtos e/ou de rejeitos) como insumo agrícola, o que, no médio prazo, poderá reduzir a dependência de fertilizantes químicos, já que tais produtos podem obter registros como remineralizadores (se atenderem as especificações estabelecidas na IN 05/2016), facilitando a substituição parcial ou total de fertilizantes convencionais por rochas moídas. Nessa perspectiva, os artigos sinalizam que deverá haver uma redução dos custos de produção e, em última instância, os impactos ambientais relacionados à exploração mineral. Alguns trabalhos destacam que o uso desses materiais potencializa a agregação de recursos e processos de extração e beneficiamento de bens minerais, o que favoreceria regiões produtoras de outros bens minerais, tais como as rochas ornamentais;
  • Grande potencial derivado de materiais multinutrientes derivado de rochas com propriedades mineralógicas e litoquímicas diferentes;
  • Entre os resultados, merece destaque a questão do manejo e das doses das diferentes rochas, já que a eficiência da aplicação de rochas moídas depende da dose aplicada, do tipo de solo, do clima regional e da cultura, sendo fundamental um manejo adequado para obter os melhores resultados;
  • Estudos microbiológicos revelaram alterações significativas na estrutura das comunidades bacterianas dos solos tratados com rochas moídas, em comparação com aqueles tratados com fontes convencionais de potássio (KCl).
  • A combinação de adubações orgânicas e remineralizadores mostrou-se promissora para o desenvolvimento inicial de gramíneas, com destaque para o volume de massa fresca e seca e o número de perfilhos;
  • As rochas básicas, como basaltos, apresentam cinética de liberação de nutrientes mais rápida, se comparadas às rochas ácidas, como gnaisses e granitos. Porém, as últimas, também têm a capacidade de liberação gradual e contínua de nutrientes, contribuindo para a ampliação de fontes minerais para o sistema agrícola.

Os artigos que abordaram aspectos relativos à caracterização de rochas, seja em laboratório ou a partir de mapeamentos sistemáticos dos recursos geológicos disponíveis no Brasil, onde são evidenciados que os fonolitos são fontes importantes de K, assim como alguns tipos de xistos. Já os basaltos, particularmente suas frações mais finas, apresentam teores significativos dos diversos nutrientes, particularmente Ca e Mg e, eventualmente K, além de uma série de micronutrientes que garantem a demanda nutricional das plantas.

Considerando que a tecnologia da rochagem facilita uma sinergia e interação entre o setor agrícola e mineral, a sistematização dos dados revelou que as diversas Unidades da Embrapa, particularmente as Unidades Clima Temperado e Cerrados, descaram-se como as que mais publicaram resultados de suas pesquisas. Outras unidades da Embrapa também participaram dos CBR apresentado diversos resultados. Igualmente, o Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM) também se destacou nas pesquisas, especialmente ao mostrar os resultados dos levantamentos de fontes regionais de rochas aptas para o uso agrícola. Os estudos do SGB relatam potenciais importantes a partir da identificação e caracterização de rochas segundo sua capacidade de fornecer nutrientes. São os denominados agrominerais silicáticos. Nessa perspectiva, abre-se um grande leque de fontes minerais passiveis de uso para uso agrícola e, ainda que algumas rochas não atendam as especificações da IN 05/2016, elas podem se converter em fertilizantes simples, fornecedores de um ou mais nutrientes.

As universidades, distribuídas em todas as regiões do país, também foram importantes centros de experimentação e desenvolvimento de conceitos, de procedimentos metodológicos e de resultados. Foram cerca de 47 trabalhos desenvolvidos nas universidades brasileiras, com particular destaque para a ESALQ/USP, UnB e Viçosa. Essas instituições estão entre as melhores universidades do país e mostraram um protagonismo e comprometimento da pesquisa de alto nível, pela inovação, abrangência e contribuição das pesquisas neste tema. Outras universidades, igualmente importantes, também foram responsáveis por trabalhos de excelente qualidade (UNITINS, UFRGS, UFSC, UFPR, UFSB, UFMMG, UFMS entre outras). Além do (Centro de Tecnologia Mineral do MCTI – CETEM, empresas privadas também participaram e apoiaram pesquisas relativas ao uso de rochas moídas como fertilizantes. Institutos estaduais e ONGs também se envolveram com o tema. A fig. 04 mostra a distribuição das pesquisas pelo vínculo institucional dos autores.

Para além dos resultados sistematizados, a pesquisa se utilizou de uma análise efetuada por meio do software IRaMuTeQ. Para tanto, as mesmas categorias analíticas (objetivos, tipos de rochas, de solos, de cultura agrícola, grupos de pesquisas, metodologias e resultados) foram submetidas à análise do software.

Os dados obtidos em cada artigo, foram transformados em perguntas orientadoras que possibilitaram a montagem de um corpus textual, analisado no software IRaMuTeQ, com a finalidade de buscar semelhanças de linguagem, já que esse software permite a análises de frequência de palavras, identificando as mais frequentes e identificando relações entre elas (rede de palavras) e suas relações. Assim, foi possível identificar os temas e/ou conceitos mais relevantes.

A análise de similitude (Figura 5) feita pelo software IRaMuTeQ revelou uma rica gama de informações sobre o tema da rochagem, seus principais atributos e suas relações. A partir da visualização da rede de palavras foi possível perceber os vários aspectos envolvidos na pesquisa da Rochagem. Por isto ela é um tema transdisciplinar. A análise mostrou a similaridade das palavras e suas conexões, trazendo o contexto da pesquisa e as principais respostas.

Essa análise permitiu identificar as áreas mais exploradas, os temas emergentes e, eventualmente, apontar algumas brechas que precisam ser preenchidas na pesquisa de rochagem no Brasil. Portanto, o uso dessa ferramenta (software) foi uma forma de confirmar os resultados apresentados anteriormente, porém de forma qualitativa, auxiliando na compreensão de padrões e tendências.

Figura 04 – Vínculo institucional dos principais grupos de pesquisa que produziram os artigos publicados nos CBRs. Fonte: os autores, a partir dos artigos dos CBRs 2010, 2013, 2016 e 2021.
Figura 5. Análise de similitude. Fonte: Corpus textual

Complementarmente, e para reforçar essas informações, utilizamos os dados de Martins et al., (2024), publicados na Revista Novo Solo1, da Associação Brasileira de Produtores de Remineralizadores e Fertilizantes Naturais (ABREFEN), onde foi elaborada uma síntese acerca da produção brasileira de remineralizadores e fertilizantes minerais simples de composição silicática: 2019 a 2023. Este estudo mostrou que os estados brasileiros que mais produziram REM e fertilizantes Silicáticos (FSi) são: Minas Gerais (43%), Goiás (24%), seguidos por São Paulo (10%), Paraná (9%) e Rio Grande do Sul (6%). No total havia 54 produtos registrados, que foram responsáveis por cerca de três milhões de toneladas, em 2022. Segundo esse estudo, nos últimos quatro anos, cerca de 10% da área agrícola do país já utilizam os remineralizadores nos seus processos produtivos. Dados do SIPEAGRO2, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MAPA), mostram que em 2024, já são 68 produtos registrados em 2024.

Discussão

A sistematização dos dados relativos aos artigos publicados nos anais dos CBRs revelou uma série de conquistas alcançadas ao longo dos 11 anos que abarcaram esses Eventos. Foi estabelecida uma legislação sobre o uso dos remineralizadores (Lei 12890/2013) e sua regulamentação (Dec. 8.384/204 e IN 05 e 06/2016). Verificou-se que os principais objetivos presentes nas pesquisas foi a avaliação de diferentes tipos de rochas, para distintos ecossistemas e realidades da agricultura (empresarial e familiar).

Do ponto de vista da inovação, foi possível averiguar que diferentes tipos de rochas vêm sendo utilizadas nos experimentos ou testes agronômicos e abrangeram uma ampla diversidade de litotipos. O predomínio de basaltos e diferentes tipos de xistos revela que a busca pelos principais macronutrientes como cálcio (Ca), magnésio (Mg), potássio (K) e fósforo (P) visam garantir as demandas fundamentais das plantas, para o seu pleno desenvolvimento e suas relações de trocas entre as raízes e o solo.
Do ponto de vista litoquímico, os estudos mostraram que os basaltos e os xistos despontam como os principais tipos de rochas para uso agrícola, seja porque comportam os principais nutrientes demandados pelas plantas, seja porque são amplamente distribuídas no território nacional. A liberação mais gradual dos nutrientes a partir das rochas foi um aspecto mencionado em várias pesquisas, que chamaram a atenção para o fato de que, ao contrário dos fertilizantes solúveis, o efeito residual e de longo prazo é uma vantagem comparativa entre os REM e os fertilizantes solúveis.

Os artigos relatam a busca pelo entendimento da dinâmica de liberação do K e quais são as principais fontes deste macronutriente que é um dos mais demandados pelo setor agrícola. Nos últimos 10 anos o país tem importado a quase totalidade do que necessita para viabilizar a produção das principais commodities. Nos últimos cinco anos (Theodoro et al., 2022; Martins et al., 2024) mencionam que o Brasil tem importado, em média, 96% do que consome, especialmente de países como a Rússia, Bielorrússia e Canadá.

Igualmente o fósforo (P) é outro macronutriente do qual o Brasil segue sendo dependente de importação. Nos últimos anos, grande parte da demanda é atendida pela importação de misturas que contenham o P, principalmente do Marrocos. Cálcio (Ca) e magnésio (Mg) também foram temas de destaque nos artigos das quatro edições dos CBRs. Importante lembrar que Ca e Mg, são normalmente obtidos a partir do uso de calagem, que é um tipo particular de rochagem. As rochas silicáticas ricas em Ca e Mg são extremamente abundantes no país, tais como basaltos.

Com relação aos tipos de culturas agrícolas testadas e relatadas nos artigos e resumos expandidos dos CBRs, houve um predomínio para experimentos com soja e milho. Esse fato é razoável, uma vez que essas culturas ocupam a maior parte das áreas agrícolas do país, com cerca de 54,7 Mha para a soja e 20,6 Mha para o milho (IBGE, 2017). Igualmente, a cana-de-açúcar foi uma das espécies agrícolas com mais pesquisas. A cultura da cana é histórica no Brasil e representa uma das três mais importantes no setor do agronegócio, com uma área de cerca de 9 Mha (IBGE, 2017). Segundo dados disponíveis no Plano Nacional de Fertilizantes (PNF-2020; BRASIL, 2022) soja, milho e cana-de-açúcar responderam por 72% do consumo de fertilizantes no País. Outra cultura importante para viabilizar o sistema de produção em grande escala é o café, que foi também objeto de pesquisa dos trabalhos. Trigo e aveia, culturas mais comuns nas regiões do sul do Brasil, também apareceram como espécies testadas com pós de rochas.

Neste aspecto, este retrato permite supor que as pesquisas estão sendo dirigidas para fortalecer e dar sustentação para o agronegócio. Apesar disso, pode-se averiguar a presença de algumas espécies agrícolas que são produzidas especialmente pela agricultura familiar, tais como mandioca, feijão, batata-doce e hortaliças. Essas escolhas podem indicar que também existe uma preocupação com as cultivares que são extremamente importantes, porque compõem parte dos alimentos que constitui a cesta básica do Brasil.

Com respeito às instituições onde as pesquisas foram desenvolvidas, pode- se verificar que existe uma concentração dos experimentos e análises nas regiões centro e sul do país. Para além do fato de que essas regiões são, notadamente, as que mais têm acesso aos recursos públicos para pesquisa, outro fato pode ser vinculado a esse predomínio. Sul, Sudeste e Centro-Oeste representam as regiões que mais consomem fertilizantes no país. Cerca de 73,5% de todo o fertilizante consumido (ANDA, 2022) é utilizado nessas regiões. Portanto, o acesso a novas fontes de fertilizantes representa, em tese, uma alternativa para manter o modelo de produção em vigor no país. O uso de remineralizadores, torna-se, portanto, uma necessidade para diminuir a dependência dos insumos solúveis.
Os dados revelaram que algumas das Unidades da Embrapa (Clima Temperado, no RS, e Cerrados no DF) representam os grupos com maior número de trabalhos publicados e, portanto, de pesquisas. A caracterização de rochas aptas ao uso como remineralizador foi especialmente produzida pelos cientistas do SGB/CPRM. Tão importante quanto essas instituições, as universidades públicas do Brasil tiveram uma importante contribuição para alavancar a pesquisa, entre essas destacam-se a ESALQ/USP e UnB. Porém, deve ser destacado que outras universidades e centros de pesquisa contribuíram com artigos importantes em todos os eventos. Esse é o caso das Universidades Federais de Viçosa, Sul da Bahia e UFPE, assim como da UNITINS (Universidade Estadual de Tocantins) que estiveram presente em todos os CBRs, trazendo relatos sobre o uso de rochas disponíveis nos estados da região Nordeste e Norte.

Quanto aos resultados relatados, a sistematização dos dados apontou que, de modo geral, a aplicação de diferentes rochas promoveu o desenvolvimento de diversas culturas agrícolas, provocou melhora nos atributos químicos do solo, tais como pH, CTC e disponibilidade de nutrientes essenciais (Ca, Mg, K, P), reduzindo a acidez e o alumínio trocável. Além disso, o uso de rochas moídas favoreceu mudanças nos aspectos físicos do solo, tais como a redução de processos erosivos e na formação de agregados nos solos. Houve relatos em artigos que mencionaram mudanças importantes na comunidade bacteriana do solo, potencializando o desenvolvimento das plantas.

O somatório desses avanços na pesquisa, revelada nos artigos, retrata a importância da realização dos Congressos Brasileiros de Rochagem como mecanismo para divulgar pesquisas e fortalecer um movimento inovador das ciências brasileiras que resultou no estabelecimento de um arcabouço jurídico que trouxe segurança para o uso de um novo insumo, disponível em todas as partes do país. Para além disso, as pesquisas apresentadas nos Eventos estabeleceram procedimentos, orientando as melhores práticas para o uso dos remineralizadores e estabeleceu protocolos que facilitam a observação de resultados agronômicos em diversos tipos de culturas nos mais distintos agroecossistemas.

Conclusão

A análise dos Anais das quatro edições dos CBRs, publicados entre os anos de 2010 e 2021, proporcionou um mapeamento detalhado do estado da arte da rochagem no país, permitindo identificar avanços, tendências e lacunas de conhecimento acerca desse tema. Os resultados mostraram que houve uma evolução da pesquisa e do desenvolvimento da rochagem, com um crescimento substancial do número de trabalhos apresentados, demonstrando o crescente interesse pelo tema e a diversificação da temática, abrangendo desde os estudos básicos até aplicações práticas em diferentes regiões e agroecossistemas.

A partir da sistematização os dados, pode-se averiguar que as pesquisas têm como foco principal a agricultura empresarial. Apesar disso, foi possível perceber que alguns trabalhos tiveram foco na produção de culturas agrícolas utilizadas pela agricultura familiar. Especialmente, porque o uso de remineralizadores atende a demandas acerca dos custos de produção que podem ser significativamente menores se comparados àqueles relativos à reprodução do modelo químico. Mas ainda existem lacunas e desafios a serem vencidas, entre elas, e considerando as conclusões de alguns artigos, notou-se que as metodologias de análises ainda precisam estar melhor sistematizadas, bem como os procedimentos de implementação dos testes a campo e/ou em laboratório devem ser padrões já definidos nas ciências agronômicas.

Apesar dessas limitações, a assimilação dos pressupostos da tecnologia da rochagem tem o potencial de contribuir para a construção de um sistema agrícola mais justo, resistente e sustentável para o Brasil.


AUTORES

1235 Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural/ Universidade de Brasília, /Grupo de Pesquisa em Rochagem. Emails: manoelebviana501@gmail.com1; carolinegomide@unb.br2; fefah2801@gmail.com3; suzitheodoro@unb.br5

4 Departamente de Meio ambiente e engenharia Civil/ Universidade la Costa/CO. Email: cgindri@cuc.edu.co.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Edinei; SILVA, Fábio Jr P.; RALISCH, Ricardo. Revitalização dos solos em processos de transição agroecológica no sul do Brasil. Agriculturas, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1. p.07–10, 2007.
ALOVISI, Alessandra M. T.; GOMES, Willian L.; ALOVISI, Alexandre A.; SILVA, João A. M.; SILVA, Robervaldo S.; CASSOL, Cleidimar J et al. Produtividade e componentes de produção da soja adubada com pó de basalto. In: Theodoro, Monte e Martins (org.) Anais do IV Cong. Bras. de Rochagem. Rio de Janeiro–RJ, p. 217–278. 2021.
ANDA. Principais indicadores do setor de fertilizantes. [ANDA–National Association for the Diffusion of Fertilizers. Main Indicators of the Fertilizer Sector], São Paulo. 2022. Disponível: https://anda.org.br/wp-content/uploads/2023/03/Principais_Indicadores_2022.pdf. Acesso: 06 de fevereiro de 2024.
BAMBERG, Adilson L.; SILVEIRA, Carlos A. P.; MARTINAZZO, Rosane; BERGMANN, Magda; TONIOLO, João A.; GRECCO, Matheus F.; et al. Desempenho agronômico de fontes minerais e orgânicas de nutrientes para as culturas de milho e trigo. In: Theodoro et al. (org.) Anais do II Cong. Bras. de Rochagem. p. 24–31. 2013.
BAMBERG, Adilson; SILVEIRA, Carlos; MARTINS, Eder; BERGMANN, Magda; MARTINAZZO, Rosane; THEODORO, Suzi. Anais do III Cong. Bras. de Rochagem. Triunfal Gráfica e Editora. p. 455. 2017.
BEERLING, David J.; KANTZAS, Euripides; LOMAS, Mark; WADE, Peter; EUFRASIO, Rafael M.; RENFORTH, Phil et al. Potential for large-scale CO₂ removal via enhanced rock weathering with croplands. Nature, Nature, v. 583, n. 7815, p. 242–248, 2020.
BRASIL. Decreto n.º 10.991 de 11 de março de 2022. Institui o Plano Nacional de Fertilizantes 2022–2050. 2022. Disponível: https://in.gov.br/web/dou/-/decreto-n-10.991-de-11-de-marco-de2022385453056#:~:text=D%20E%20C%20R%20E%20T%20A%20%3A,data%20de%20publica%C3%A7%C3%A3o%20deste%20. Acesso: 26 de novembro de 2024.
BRASIL. Decreto n.º 8.384 de 29 de dezembro de 2014. Altera o anexo ao decreto n.º 4.954 de 14 de janeiro de 2004, que aprova o regulamento da lei n.º 6.894 de 16 de dezembro de 1980. 2014. Acesso: 26 de novembro de 2023
BRASIL. Lei 12.890/2013 de 10 de dezembro de 2013 – Altera a Lei no 6.894, de 16 de dezembro de 1980. 2013. Disponível: . Acesso: 10 de setembro de 2024.
BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA. Plano Nacional de Fertilizantes Estatísticas do Setor. 2022. [Internet] Disponível: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumosagricolas/fertilizantes/plano-nacional-de-fertilizantes/estatisticas-do-setor. Acesso: 20 de julho 2024.
BRASIL/ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2016) Instrução Normativa N.º 05/ 2016. Disponível: . Acesso: 22 de Março 2024.
BURBANO, Diego F. M:; THEODORO, Suzi Huff; CARVALHO, André M. X.; RAMOS, Claudete G.. Crushed vulcanic rock as soil remineralizer: a strategy to overcome the global fertilizer crisis. Nat. Res. Research. 31: 2197-2210. 2022. https://doi.org/10.1007/s11053-022-10107-x.
CAMARGO, Brigido V.; JUSTO, Ana M. IRAMUTEQ: um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em psicologia, v. 21, n. 2, p. 513–518, 2013.
CARVALHO, André M. X. Rochagem e suas interações no ambiente solo: contribuições para aplicação em agroecossistemas sob manejo agroecológico. Tese de Doutorado, Universidade Federal de Viçosa. 116p. 2012. Disponível: https://locus.ufv.br//handle/123456789/1631. Acesso em 17 de novembro de 2022.
CARVALHO, André M. X.; DELIBERALI, Daniely C.; CARDOSO, Irene M. Efeito da rochagem no crescimento e nutrição de plantas de soja sob manejo agroecológico. In: Martins; Theodoro (org.) Anais I Cong. Bras. de Rochagem. Planaltina/DF. p. 183-189. 2010.
FERREIRA, Luis H. G.; SILVEIRA, Carlos A. P.; PILLON, Clenio N.; SANTOS, Leandro C. dos. Efeito da combinação de calcário de xisto e calcário dolomítico com diferentes fontes de fósforo sobre a produtividade da cultura da soja. In: Martins; Theodoro (org.) Anais I Cong. Bras. de Rochagem. Planaltina–DF. p. 219–224. 2010.
KRAHL, Luise L.; MARCHI, Giuliano; PAZ, Simone P. A.; ANGÉLICA, Rômulo S.; SILVA, José C. S.; VALADARES, Leonardo F. et al. Aumento na capacidade de troca de cátions em rochas biotitas ricas em Mg ou Fe pela ação da rizosfera do milho. Pesquisa Agropecuária Tropical, v. 52, 2022.
LEONARDOS, Othon H.; FYFE, William S.; KRONBERG, Bárbra I.. The use of ground rocks in laterite systems: an improvement to the use of conventional soluble fertilizers. Chemical Geology, v. 60, n. 1-4, p. 361‐370, 1987.
LEONARDOS, Othon H.; THEODORO, Suzi H.; ASSAD, Maria L. L. Remineralization for sustainable agriculture: A tropical perspective from a Brazilian viewpoint. Nutrient Cycling in Agroecosystems, 56(1), pp. 3-9. 2000. https://doi.org/10.1023/A:1009855409700
MANNING, David A. C; THEODORO, Suzi H. Enabling food security through use of local rocks and minerals. The Extractive Industries and Society, 7(2), pp. 480–487. 2018. .
MARTINS, Éder de S.; OLIVEIRA, Claudinei Gouveia de; RESENDE, Álvaro Vilela de; MATOS, Marcello Silvino Ferreira de. Agrominerais Rochas silicáticas como fontes minerais alternativas de potássio para a agricultura. Rochas e Minerais Industriais – CETEM. 2.ª Edição. 2008.
MARTINS, É. S.; THEODORO, Suzi H. Anais I Cong. Bras. de Rochagem. Planaltina–DF. p. 322. 2010.
MARTINS E. S., THEODORO S. H.; BERNARDEZ F. F. G.; LUCHESE A. V., BERGMANN M., SIQUEIRA D. S.; TEIXEIRA A., AZEVEDO A., CURTIS J. C. D. (2024). Produção Brasileira de Remineralizadores e Fertilizantes Naturais: 2019 a 2023. Revista Novo Solo. Disponível: https://abrefen.org.br/2024/11/08/artigos-producao-brasileira-de-remineralizadores-e-fertilizantes-naturais-2019-a-2023/(accessed 24 jan 2025).
MEDEIROS, Fernanda de P.; CARVALHO, André M. X. de; RAMOS, Claudete G.; DOTTO, Guilherme L.; CARDOSO, Irene M.; THEODORO, Suzi H. Rock Powder Enhances Soil Nutrition and Coffee Quality Agroforestry Systems. Sustainability 16, 354. 2024. https://doi.org/10.3390/su16010354
MELO, Ulisses M. B. de F.; SOUZA, Laís Oliveira de. Os potenciais do IRaMuTeQ para análise de conteúdo de decisões judiciais. Brazilian Journal of Development, v. 9, n. 1, p. 4886-4911, 2023.
Resources Research. 30: 1941–1953. 2021a. https://doi.org/10.1007/s11053-021-09862-0.
RAMOS, Claudete G.; HOWER, James C.; BLANCO, Erika; OLIVEIRA, Marcos L. Silva; THEODORO, Suzi H. Possibilities of using silicate rock powder: An overview. Geoscience Frontiers. 2021b. https://doi.org/10.1016/j.gsf.2021.101185.
SOARES, Gustavo; THEODORO, Suzi H.; CARVALHO, André M.; BURBANO, Diego; RAMOS, Claudete. Remineralizadores de suelos y sistemas agroforestales: una opción para la captura de CO₂. Revista Agroecológia, v. 15, p. 35–45. 2022.
THEODORO, Suzi H. A Fertilização da Terra pela Terra: Uma Alternativa de Sustentabilidade para o Pequeno Produtor Rural. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília. p. 231. 2000. Disponível: https://repositorio.unb.br/handle/10482/20881. Acesso em 05 de maio de 2022.
THEODORO, Suzi H. Remineralizadores de solos para fortalecer a segurança alimentar e nutricional. Revista Novo Solo. 2023. Disponível: . Acesso em 14 de agosto de 2024.
THEODORO, Suzi H.; MANNING, David A. C.; CARVALHO, André M. X; FERRÃO, Fabiane R; ALMEIDA, Gustavo R. Soil remineralizer: a new rote to sustentability for Brazil, a giant exporting agro-mineral commoditites. In: Yakovleva, N. Nickless, E. (eds.) Routledge Handbook of the Extractive Industries and Sustainable Development. 1st Ed. 261–281. 2022. https://doi.org/10.4324/9781003001317.
THEODORO, Suzi H; MARTINS, Éder de S.; FERNANDES, Marcus M.; CARVALHO, André M.. Anais II Cong. Bras. de Rochagem. Poços de Caldas–MG. p. 399. 2013.
THEODORO, Suzi H.; MONTE, Marisa B. de M.; MARTINS, Éder de S. Anais IV Cong. Bras. de Rochagem. Rio de Janeiro–RJ. p 320. 2021.

Foto capa artigo: Viviane Oliveira

Compartilhe:

Seções

plugins premium WordPress